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domingo, 25 de agosto de 2013

A DERROTA DE SÃO DORMINDO

Primeiramente, queremos agradecer a nossos queridos leitores, em especial a ACHEI NO TAPAJÓS, pelos incentivadores comentários aos nossos sofridos trabalhos. Dizem os ouvidos das paredes que o nome do sítio de nosso admirador super secreto deve-se a seu achado no Estado do Para Para. Este incrível  detetive da historia de Paraguacúçú, encontrou o tesouro oculto do famoso pirata que assolou a costa no ano de 1785, hoje conhecido mundialmente como Joseph O Sarnento. 


Sarnento assaltou a cidade de Bananamáis furtando o tesouro daquele país, deixando-o á mingua por muitos e muitos anos. Parece que o tesouro de ouro liquido especialmente trazido das longínquas terras indígenas de Itaipava, estava escondido em uma ilha paradisíaca de um rio do Estado do Para Para, na Basibaléla, que somente emerge das águas uma vez por ano.


Segundo meus informantes secretíssimos, nosso admirador, o também secreto, o capitão de Ú-Boat, Lulu Wolf da Pomerânea, somente encontrou parte do procurado tesouro. Nosso amado capitão RB, ordena que entrem no site www.acheinotapajós.com.br e procurem as pistas do mapa daquelas praias cheias de botos cor de rosa com bolinhas brancas. 


Novos incidentes marítimos desviaram a rota de nossa intrépida nau sob o comando inexorável de nosso amado capitão, RB ( Rola Bosta ). De volta no mar dos Cagaços, a mal iluminada Lanterna dos Atolados portada pelo Intrépido, nos guiou equivocadamente como de praxe, até uma fortíssima corrente marinha que em uma chave de pernas de sereia, nos arrastou para fora da nossa segura rota para o encontro com El Fumado na encantável ilha de Cúbalango.


Uma calmaria inesperada paralisou nossa nau por uma semana balançando no mar como cama de bebê sem nenhum movimento à frente. Nossa tripulação entediada, dedicou-se a saudável pratica dos esportes marítimos.


Comandante RB, determinou que alguns de nossos tripulantes em um escaler à frente da nau, puxassem a força de remos. 


Neste processo de puxa e empurra, sem sair do lugar para lugar nenhum,  avistamos uma nau de bandeira banca, vermelha e azul, sob o nome de Bankrupt que portava a Lanterna dos Fuckheads. Como aquela nau estivesse fazendo muita água, nosso amado capitão seguindo os rígidos protocolos marítimos se propôs a auxiliar seus tripulantes que foram alçados ao Intrépido, enquanto a Bankrupt descia aos braços eternos de Netuno.


Uma  vez abordados os náufragos, RB determinou que o Intrépido seguisse imediatamente para o Porto mais próximo de São Dormindo, seguindo, como soi acontecer, o estrito rigidíssimo protocolo marítimo. 


Dentre os naufragado se encontrava o famosíssimo Sir Roba Som Cúzoé e seu belíssimo e inseparável companheiro, Oba Hoje é Sexta Feira.


Todos abordo, atingidos por uma providencial lufada de vento Flatúlico, seguimos nossa derrota para famosa meia ilha de São Dormindo


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O Porto de Xer Ecca

Uma terrível tempestade se abateu sobre o Intrépido no mar dos Cagaços, desviando o seu seguro curso traçado no mapa de Piriri Réis por nosso Bravíssimo e famosíssimo navegador Cristófilo Cúlombo. As mega ondas de meio côvado que se abateram sobre o combalido casco do Intrépido, somado as fortíssimas rajadas do vento Fatúlico, terminaram por danificar o pau do mastro de nossa destemida nau. Em uma manobra genial, nosso navegador Chris Cúlombo, desviou a nave para o porto mais próximo na ilha de Xer Ecca , para que pudéssemos proceder os reparos necessários na nossa nave.


A ilha de Xer Ecca é uma pequena ilha na forma de um caroço de manga coberta com uma densa mata tropical, protegida por dura lei ecológica imposta pela belíssima e generosa Rainha Bucetildes. O famoso nome homenageia a reverenciada deusa mitológica que deu origem a raça humana, segundo os  filósofos  gregos - não me comprometa -. E até hoje o antigo nome é muito utilizado no norte do Brasil segundo informações de fontes seguras. Bucetildes era uma rainha muito amada por seu povo, principalmente por seu senso de prioridades irreprochável na condução dos gastos públicos. A despeito do pequeno e econômico orçamento governamental da ilha - conhecida como da fantasia-, e das inadiáveis necessidades da saúde Xer Eccuez para o tratamento de doenças graves, a Douta Rainha ouviu parcela importante da sua população.  Priorizou a destinação das verbas do sistema de saúde Xer Eccuez, o INES, - Instituto Nacional da Estupidez Sanitária-,  a realizar operações gratuitas de transformação de sexo.



A necessidade de tal medida altamente relevante se justifica. O alto consumo de amendoins pela população verdadeiramente masculina da ilha, como demonstrado nos estudos científicos levados ao cabo pelo INES, restou comprovado que os espermatozoides masculinos dos xer eccuenses, eram muito rápidos e fortes chegando ao óvulo muito antes dos femininos. Este fato ocasionou um desequilíbrio entre os géneros na ilha, tornando a população maioritariamente masculina. Invariavelmente tal ocorrência, ocasionou grande descontentamento junto a camadas relevantes da sociedade xer eccense, pondo em risco a estabilidade política da ilha. 



Neste cenário político desanimador, o brilhante Ministro da Saúde Xer Eccuez, de descendência nipôzairense, Ai Qui Duvida, propôs ao Senado aprovação de emenda constitucional emergencial devido a importancia da matéria. A emenda tinha como finalidade, o desvio de verbas do sistema de saúde local o INES, de área menos prioritárias, tais como como, doenças cardíacas, câncer, doenças  infectocontagiosas etc. Tudo para atender aquela inadiável e importantíssima demanda popular. Ainda que as eleições para senador estivessem muito próximas, certamente não foi este o fator motivador da urgente alteração constitucional, mas sim, como sempre, o bem estar e a saúde do povo de Xer Ecca.



Pelo que se percebe, a população de Xer Ecca estava muito satisfeita com a aplicação criteriosa e justa das verbas arrecadadas pelos suavíssimos impostos daquele grande pais. Corrupção naquela ilha é palavra inexistente no dicionário local, tal a raridade de fatos similares na história Xer Eccuense.



Como de praxe, fomos recebidos no porto de Xer Ecca, por uma banda local tocando uma batucada contagiante, coreográfada por um time de mulatas transformadas portando apenas um adereço de cabeça composto por uma cesta cheia de frutas coloridas. A extasiante apresentação deu novo ânimo a nossos tripulantes, cansados do enfrentamento da terrível tempestade ocasionada pelo vento Flatúlico.



Face a urgência de nossa reunião com o procuradíssimo, El Fumado, na ilha de Cúbalango, não pudemos nos deter como desejávamos na ilha de Xer Ecca. Após um breve descanso, pusemos mãos a obra com os reparos necessários do pau do mastro a fim de seguir viagem o mais rápido possível. Não devemos nos esquecer da nossa preciosa carga de mariolas itaguaienses, tão esperadas pelos compradores americanos, e que podem se deteriorar ocasionando danos irreparáveis as finanças de nosso capitão e sua tripulação.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A insólita viagem a Cubalango

Nosso amado capitão Arcabuzino, como previsto, pôs em marcha seu astuto plano. Contratou na calada da noite uma equipe de drag queens e alugou um um saloon para festas infantis. 


O famoso coreógrafo e teatrólogo, Viriato Nausebundo, foi chamado para organizar os dançarinos contratados. As bebidas especialmente preparadas com álcool combustível produzido nas moderníssimas destilarias locais, sob a supervisão inestimável de técnicos Perna Ambuquenses, resultaram em deliciosas Caipirocas brasileiras.


Um ingrediente especial foi adicionado a portentosa bebida, o pau-de-bugre.


 Esta planta de nome sugestivo, provoca vermelhidão na pele -especialmente do traseiro- ao primeiro contato, seguindo-se a diarréia. Nosso astuto capitão, sabedor da condição dos habitantes de tribago, cuja grande maioria é de pele negra, percebeu prontamente que os primeiros sintomas do envenenamento passariam desapercebidos até que fosse tarde demais. Neste momento, a diarréia já teria se instalado irremediavelmente nos intestinos dos oficiais tribaguenses. Na noite do espetáculo, as drag queens apresentaram-se conforme determinação de Nausebundo, de costas para o público. Enquanto seguia o espetáculo, a tripulação do intrépido servia generosas doses de Caipirocas brasileiras às autoridades alfandegárias de Tri Bago. 


Lá pelas tantas, após o esvaziamento de vários barris de Caipiroca pelos convivas, conforme os planos de nosso astuto capitão, as drag queens quebraram o protocolo coreográfico virando-se de frente para o publico. O movimento ocasionou imediato choque no público ao exporem as genitálias. O espanto causou uma verdadeira avalanche de vômitos e um tremendo engarrafamento na porta do banheiro. Aproveitando-se do pandemônio instalado no recinto, nosso capitão e a tripulação que se encontrava na festa, sorrateiramente deixou o recinto em desabalada correria em direção ao Intrépido. Quando o ultimo homem subiu a bordo, a prancha foi retirada e as amarras liberadas. 


Com as velas enfunadas por uma providencial lufada de vento flatulico, o intrépido zarpou sob uma saraivada de balas dos arcabuzeiro tribaguenses. Estes, bêbados, com as calças literalmente nas mãos, mal conseguiam segurar e disparar suas armas, o que dirá acertar alguma coisa.


Zarpada nossa intrépida e corajosa nau, nosso admirado capitão, do alto do castelo da popa gritou em alto brado, para Cúbalango! 


Nosso bravo e famosíssimo imediato, Crisófilo Cúlombo, havia furtado dos escritórios governamentais no porto de Tri Bago, o famoso mapa de Piriri Réis, que mostrava a rota secreta para a misteriosa ilha de Cúbalango.


Segundo conversas de pé de ouvido e de olhares de esguelha que corriqueiramente ocorrem nas tabernas de Porto Bacanal, estabelecimentos muito freqüentados pelos piratas carambenhos, a ilha de Cúbalango era governada a quase cem anos pelo revolucionário Jesuino Fiel Casto e sua família. O Faraônico líder de Cúbalango, é conhecido carinhosamente na ilha como Múmio, devido ao tratamento matriarcal que dispensa ao populacho cubalanguez.



Dr. Fiel Casto chegou ao poder, após o famoso golpe da milícia ruralista desferido contra o governo corsário que gorvenava impiedosamente a ilha apoiado pela rainha Milanesa, Mary The Foul. As empresas Milanesas estabelecidas na secretíssima ilha, fabricantes dos charutos conhecidos mundialmente como Charo de Cúbalango, enrolados entre as pernas das lindíssimas mulatas,  eram descaradamente apoiadas pela nogenta imperatriz em detrimento do povo Cúbalanguez. O tratamento dispensado aos trabalhadores de Cúbalango era ultrajante. A nenhum cubalanguense era permitido fumar um delicioso Charo de Cúbalango ou saborear uma mundialmente conhecida banana Chiquitita vibradora. 


Após décadas de exploração selvagem, os trabalhadores cubalanguenses liderados pelo Dr. Fiel Casto, se revoltaram contra o tratamento despótico e tomaram de assalto, uma a uma, todas as fabricas de charos e bananas vibratórias Chiquitita de Cúbalango. A Rainha Milaneza, irada, determinou que uma força tarefa integrada por um moderno navio porta pentelho, disfarçado de cargueiro bananeiro, cheio de mercenários vindos da ilha vizinha de Pentelhudos, base militar secreta da rainha, atacasse sem piedade a Bahia dos Nogentos, próxima a cidade de Ai Banana, agitada capital de Cúbalango


Os mal informados e sem inteligência, os mercenários Pentelhudos enviados por Mary The Foul, foram fragorosa e vergonhosamente derrotados pelas mal armadas milícias trabalhadoras cubalanguesas. Desde então Cúbalango vem sofrendo um terrível embargo a exportação de charos e bananas vibradoras para as terras milanesas. Estão também proibidos pela despótica rainha milaneza, de importar maquinas Com Putas Dores, atrasando o fantástico e imprevisível desenvolvimento tecnológico de Cúbalango. 


Nossa nau Intrépida, agora sagazmente guiada pelo secreto mapa de Piriri Réis nas mãos de nosso sempre posicionado navegador Cristófilo Cúlombo, segue seu curso certo, levando em segurança seus tripulantes para o encontro imperdível com El Fumado, em terras cubalanguenses.

A negociata tribaguense

Após dias tensos de negociações infrutíferas com os corrupto oficiais da alfandega tribaguense, nosso amado capitão, Arcabuzius Tirambaço Rola Bosta, conhecido entre os tripulantes do Intrépido pelo carinhoso apelido de Arcabolino, decidiu partir para inguinorancia. Com os prazos para entrega das mariolas itaguaienses aos americanos, comprometido pelo atraso do Intrépido no porto paradisíaco de Tri Bagos, Capitão Arcabolino decidiu adotar o plano B. O nome do plano não se refere, como alguns podem imaginar, como sendo aquele que sucede ao plano principal de nosso amado capitão, ou seja o plano A. O nome do astuto plano, deve-se a seu idealizador, Denzel, O Selvagem, famoso General Bundu do Zaire.


Com gênio militar de estrategista chinês, ilusão era a base do seu maquiavélico plano. A vã tentativa de nosso amado Arcabolinado Capitão embebedar o Chefe da Alfândega tribaguense, teve o efeito contrário . Nosso capitão, bêbado, caiu na sarjeta e acordou no dia seguinte com fotofobia, perdendo a hora da partida sorrateira do Intrépido planejada para noite anterior. Assim, não restou outra alternativa senão por em movimento o portentoso plano de Denzel Bundu. O termopolitano plano, foi fundamentado no famoso estratagema lavrado nos ideogramas hiper verticais do Te Fundu Ku, livro de milenar de sabedoria filosófica chinesa atribuído a Ku Fuzius.


Ensina passagem do sabido mestre, suposto autor do Te Fundu Ku; " Todas as coisas provêm do Ku do universo, o Ku, tem origem no não Ku, este é o caminho do meio".

Em 1977, foi encontrado pelos agentes da CÍ AÍ EÍ que acompanhavam  o presidente americano Rick Chá Nick Son, em sua viagem diplomática à China, um antigo manuscrito escrito pelo grande General Chinês Tze Tze Open Fly. No inestimável manuscrito, todo escrito sobre alvo papel Neve toque de seda, o lendário general interpreta o estratagema citado do Te Fundu Ku.



Na concebida interpretação do estratagema por Tze Tze Open Fly; " nada é algo, e algo nada, o que nada é peixe, logo, algo é peixe, se peixe é, conclui-se que, peixe nada em algo". 


Como se lê, a filosofia Tzeista, demanda profundas reflexões no Ku universal. Reflexões estas, levadas brilhantemente ao cabo, por Denzel Bundu, O Selvagem, espertíssimo general zairiense, conhecido como raposão, o Aníba Bal moderno. Em síntese, trata o estudado estratagema de iludir o observador inimigo, levando-o a crer que, nas palavras de Denzel Bundu; " o que deseja crer é verdade, quando na verdade não o é".

Reza a lenda, que no ano 969 a.c, durante a dinastia Tíbang Bum, o governador militar da cidade de murada de Yogurtang, Ai Ki Luc Xu, se rebelou. Como conseqüência, o general governista Fuma Nu Xaru, sitiou a cidade murada de Yogurtang.


O Generalíssimo das tropas rebeldes, o genial Xing Ling, se viu cercado para defender Yogurtang com o auxilio apenas de um punhado de transformistas da Lá Pá. Um lampejo bruxeleante iluminou o seu celebro cérebro Xing Ling. Imediatamente ordenou a suas trezentas transformistas - qualificadas nos formulários da administração imperial chinesa como, sexo, outros - que posicionassem sobre os muros de Yogurtang mil bonecas infláveis vestidas com belíssimas sedas coloridas. As lindas bonecas fabricadas por mãos habilidosas de artesãos de Pi Ka King para atender a demanda das sex shops americanas,  ficariam visíveis aos homens de Fuma Nu Xaru há quilômetros de distancia. Com uma corda amarrada estrategicamente no pé de cada boneca,  uma transformista podia fazer cem bonecas  infláveis rebolarem, atraindo a atenção dos soldados inimigos.
Na noite seguinte, Xing Ling determinou que a banda marcial da cidade se postasse em uma das torres sobre os muros, tocando peças de Wolfgang Wagner. Enquanto isso, algumas transformistas estrategicamente posicionadas puxariam as cordas, fazendo as bonecas infláveis rebolar.
Abrindo os portões da cidade, as transformista simularam uma algazarra como se estivessem bêbadas. Os soldados de Fuma Nu Xaru, vendo que a cidade estava desguarnecida adentraram os muros e se fartaram com sake contido nos toneis dispostos estrategicamente pelas ruas. Embebedados os soldados governistas, Xing  Ling, Ai Ki Luc Xu, juntamente com todas as trezentas transformistas retiraram-se, fechando atras de si os portões da cidade com os soldados de Fuma Nu Xaru dentro. Naquele momento, alguns homens suspeitaram das beldades infláveis e lançaram flechas contra as bonecas que explodiram. Percebendo a ilusão a que foram submetidos,  os soldados de Fuma Nu Xaru dirigiram-se aos portões para dar perseguição ao inimigo. Foi então que perceberam que os portões estavam trancados por fora.  As trezentas transformistas as gargalhadas, ao longe, acenavam para os atônitos soldados de Fuma Nu Xaru com flores e beijos, mostrando irreverentemente suas bundas nuas. O incidente, após recente descoberta arqueológica,  ficou conhecido historicamente nos dias modernos, como o fabuloso exercito de chinês de Terrabosta.




Como exposto, o plano de nosso capitão Arcabolinado Tirambaço, era iludir as autoridades tribaguenses utilizando-se da mesma astucia do milenar Ku Fuzius na magistral obra clássica, o Te Fundu Ku. Escaparia nosso capitão e sua destemida tripulação, sorrateiramente na Intrépida nau, rumo ao Mar dos Cagaços, quando então, em águas internacionais, os tribaguenses não teriam mais nenhum poder sobre ela. Finalmente livres, singraríamos os tenebroso mares caribenhos, rumo a Kali Fornication, com nossa preciosa carga de mariolas itaguaienses. Sábio plano! 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Três Bagos

Após dias de navegação no tenebroso Mar dos Cangaços, nosso capitão atracou sua nave corsária, A INTRÉPIDA, nas fabulosas ilhas caribenhas de Três Bagos. Maravilhados com a estonteante beleza negra e musica local, nosso capitão e a sua tripulação descuidaram-se da papelada exigida pelas autoridades alfandegárias. Como consequência foram confiscados de nosso navio, o muito Intrépido corsário, um barril de cachaça, cinco cachos de banana, e um berimbau modificado para tocar musica Funk. Longas conversações se estabeleceram com as autoridades locais no sentido de liberar a carga da nossa nave sem pagar as altíssimas taxas exigidas, conhecidas localmente como popinas, em alusão ao rabo dos navios. 
Com o fracasso das negociações, foi instaurado processo administrativo que não nos deixou outra escolha senão contratar renomado time de despachantes alfandegários integrantes do escritório Sério Calcinha. Em conferência agendada em seu sobrado com vista para Bahia de Três Bagos, nosso capitão, chupando manga regada a rum local, tudo servido em prataria espanhola vinda das minas de Potosí, no Piru, traçou juntamente com seu time de expertos um plano estratégico infalível. Por meio da farta distribuição de mariolas adquiridas nas trilhas fluminenses de Itaguaí - que iriam originalmente ser trocadas com os americanos da Flórida, por lingotes de ouro furtados dos Aztecas- nosso capitão, com o auxilio dos técnicos contratados, subornará os oficiais da alfândega desde os mais baixos asta os mais altos escalões do país caribenho. 
O ato, de licitude duvidosa, tem como objetivo a criação de uma bem orquestrada operação tartaruga. Assim, os bens apreendidos serão mantidos em nossa nau até nossa partida. O que será feito na calada da noite, quando a policia alfandegária local estiver embebedada com a cachaça fornecida por nossos tripulantes. 
A brilhante estratégia encontra-se agora em curso, havendo nosso astuto capitão substituído o barril de cachaça confiscado, por um de água com apenas 10% do nobre produto das terras brasílicas. Tudo para que a tripulação de nossa Intrépida nau não passe necessidades em sua estada comemorativa da primeira atracação em terras estrangeiras, juntamente com as beldades negras locais.
Novas notícias se seguirão em breve, trazendo a público o resultado do infalível plano de nosso amado capitão e seu time de expertíssimos.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ao mar


Lançada ao mar nesta histórica data, nau corsária portando a LANTERNA DOS ATOLADOS. A nau, soberbamente armada e aparelhada segue rumo a mares aventurosos, sempre na busca da  presa fácil, fútil, estúpida, alvissareira e desprevenida. Alvo impiedoso da mira telescópica dos olhos de águia de nosso destemido capitão. Dos laços de seus cabelos fumegantes, nascem idéias impares para assaltar os tesouros dos senhorios corruptos de além mar. Sempre em auxilio aos desesperados e naufragados. Eterno combatente em favor dos injustiçados. Cuidado corruptos,  desfraldada a bandeira negra, está no mar a 
LANTERNA DOS ATOLADOS. Digo, dos embananados, dos embasbacados. Seja lá do que for, uma nova esperança surge nos horizontes dos mares tenebrosos e tempestuoso sargacianos.



Nosso destemido capitão enfrentará qualquer perigo, dificuldade ou desafio para fazer valer sua incorruptível  palavra  final.


Em seu grito inicial de batalha, esbraveja nosso capitão à vista do combate que se aproxima, "homens ao mar", "abandonar o navio", ou ainda, "salve-se quem puder". 

Aguardem, novas e emocionantes aventuras se seguirão. 

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